Elienai Cabral Jr. em Salvos da Perfeição
Pergunto-me por que nossos cultos não tem os cheiros nem os paladares tão criativamente espalhados por Deus para a aventura de viver. Por que nossos templos são descoloridos e preferimos os cartazes de propaganda e as frases de admoestação aos quadros e esculturas dos artistas? Por que nossas músicas são, com freqüência, tão piegas e repletas de frases repetitivas e sem criatividade? Por que nossos sermões são mais bem considerados na medida de seus moralismos e advertências austeras? E nossas liturgias são tão previsíveis? Nossa indumentária, austera? Sugerem uma gente com medo das sensações, desconfiada de tudo o que não termine em conclusões de ordenança moral e afirmações peremptórias. Por que nossas festas são reduzidas à comilança? Sem dança e descontração, sentamo-nos ao redor de mesas para nos ocuparmos do único prazer que nos resta, COMER.
Imagem em http://coisinhasdadinda.blogspot.com