23 de abril de 2008

Estou sob Deus, suplicante e humildemente dependente de seu amor

E.R.K.

Continuo acreditando que Deus está no controle de tudo, é livre para tomar decisões e afetar a realidade conforme sua vontade, cuida de mim e de todo mundo, faz e acontece na história e nas minhas circunstâncias, dispões de pessoas para a vida e para a morte, e o que mais você quiser ou considerar necessário atribuir como capacidade e direito a alguém que seja chamado Deus, afinal, por definição, Deus é incondicionado e ilimitado. Mas todas estas coisas atribuídas a Deus me são imponderáveis e inacessíveis.
O que me afeta de fato é que crendo em Deus e conscientemente me submetendo a Ele, experimento pensamentos e sentimentos que são meus, mas não têm origem em mim. Sou levado a um estado de ser ao qual jamais conseguiria chegar sozinho.
Deus é meu interlocutor amoroso.

Deus é meu companheiro de viagem. O que acontece fora de mim, se Deus faz ou deixa de fazer, se foi ele quem fez ou deixou de fazer, não me diz respeito, minha razão não alcança, e, portanto, não é objeto de minha preocupação para caminhar pela vida. Mas o que acontece dentro de mim, isso sim, é tudo quanto eu tenho e me basta. Tudo quanto tenho para orientar a minha peregrinação existencial são sentimentos e pensamentos que são meus, muitos deles que não tiveram origem em mim. Isso é questão de fé. E essa é a minha fé: estou sob Deus, suplicante e humildemente dependente de seu amor para me tornar tudo quanto estou destinado a ser, independente do que me possa acontecer.
A mim me basta saber que em pastos verdejantes às margens de águas puras e cristalinas, ou no vale da sombra da morte, nada preciso temer, pois Deus está comigo, refrigerando-me a alma, guindo-me pelos caminhos da justiça por amor do seu nome. A mim me basta saber que se Deus é por mim, ninguém pode ser contra mim, pois nada pode me separar do amor de Cristo:
"nem tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada, pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor".

Texto original: http://www.galilea.com.br/blog.asp
Ilustração: William Blake (1757-1827)The Ancient of Days, c. 1824Der Schöpfer, Le CreateurWatercolour(...)

14 comentários:

Vitor Hugo da Silva - Joinville, SC disse...

Excelente texto!

As situações que nos cercam, servem para nos moldar em semelhança a Cristo. Seja em um caminho deserto, com fogo, ou com água. Todos, sem excessão, nos levam a uma intimidade transformadora de carácter mediante a graça do Senhor. Ricardo Barbosa em seu livro, o caminho do coração expressa de forma brilhante estas situações, ele escreve:

“No deserto encontramos um banquete, uma mesa farta, onde a comunhão e a amizade acontecem enquanto a alma é alimentada pela graça e amor de Deus”

Deus o abençoe!

Vitor Hugo

Pastor Geremias Couto disse...

Caro Paulo Silvano:

Esse é um texto, que, sem tirar nem pôr, eu gostaria de ter assinado embaixo. Ele expressa, do lado de cá, aquilo que de fato deve ser a nossa postura no relacionamento com Deus.

Assinalo, sobretudo, este pensamento: "Estou sob Deus, suplicante e humildemente dependente de seu amor para me tornar tudo quanto estou destinado a ser, independente do que me possa acontecer".

Quer dizer: não importa o que digam, escrevam ou mesmo me aconteça, pois em tudo dependo dEle para "aquilo que estou destinado a ser". Como é bom dependermos de Deus!

Deus lhe abençoe

daladier.blogspot.com disse...

Tenho dito às congregações onde trabalho: O crente não deve imaginar um mundo sem crises, deve ter certeza de que nelas estará acompanhado de ninguém, nem menos do que Deus.

Foi isso que Jesus disse ao ladrão: Hoje estará comigo no Paraíso, ou seja, você não apenas estará no Paraíso, eu vou estar ao seu lado.

Mas, meu querido, por que o senhor demorou tanto a postar?

Paulo Silvano disse...

Caro Vitor Hugo,

Nascido e criado no Evangelho, tive boa parte da vida permeada pela dificuldade de enaltecer essa basilar declaração sagrada: “Deus é amor”. Caracterizei, por muito tempo, tibieza a atitude de levar às últimas conseqüências um relacionamento com Deus, baseado primordialmente no Seu amor. Faço coro com você e com o querido Ricardo Barbosa – “comunhão e a amizade acontecem enquanto a alma é alimentada pela graça e amor de Deus”.

Um abraço


Prezado Pastor Geremias,
Fico imensamente grato pela breve manifestação de apreço ao texto postado. Embora a postagem contemple apenas parte do texto original do Ed René, inevitavelmente, traduz também o sentimento dos nossos corações . Como bem disse o apóstolo Paulo: “... Nele nós vivemos, nos movemos e existimos”. Não nos resta alternativa que não seja o curvar-se ante o amante das nossas almas.

Um abraço


Caro Daladier,
A pós-modernidade vende a possibilidade de um mundo sem crises, via inserção consumista. Realmente custa-nos aceitar o “ no mundo tereis aflição” de Jesus. Por falar em Paraíso, o “presente século” também inculcou a sensação que o céu é aqui. Arrebatamento! Ora bolas, para que arrebatamento? O céu é aqui e nele adentramos pelas portas do consumo. Quem conseguir realizar os alardeados sonhos de consumo está dentro. Penso que não devemos desanimar de pregar o Evangelho da cruz, mas, pelos sintomas, boa parte dos “santos ” foram seduzidos por outro evangelho.

De fato, não só fiquei sem postar, como recolhi tudo o que havia postado. Precisei de um tempo para reflexão, mas estou de volta.
Um abraço

Edu Neves disse...

“Procurando o Deus desconhecido.”

http://panoramateologico.blogspot.com

Unknown disse...

Gostei muito da aplicabilidade da fé escrita pelo pastor Ed René: “E essa é a minha fé: estou sob Deus, suplicante e humildemente dependente de seu amor para me tornar tudo quanto estou destinado a ser, independente do que me possa acontecer.” Diferentemente da “fé na fé”, pragmática e imediatista do universo neopentecostal, René consegui definir muito bem a fé em nosso cotidiano, como a dependência e não independência ao Nosso Pai.
Um abraço pastor Paulo Silvano, fique na Paz do Senhor.

Gutierres Siqueira
www.teologiapentecostal.blogspot.com

Anchieta Campos disse...

O que posso dizer? Posso dizer que ser crente em Deus como este é a melhor coisa que um homem pode ser e ter em sua passageira vida terrena.

"Quem tenho eu no céu senão a Ti? e na terra não há quem eu deseje além de Ti" Salmo 73:25.

Abraços fraternos e parabéns pelo ótimo texto que nos trouxe.

Anchieta Campos

juberd2008 disse...

Um texto maravilho e que fala a nossa alma. Uma verdadeira declaração de fé. Parabéns pelo blog e pelos posts.

Graça e Paz,

Pr. Juber Donizete Gonçalves
www.juberdonizete.blogspot.com/

Victor Leonardo Barbosa disse...

Olá pastor Paulo, parabéns por esta postagem(com destaque para o quadro de Willian Blake.
Creio que isso complementa a postagem anterior que o senhor postou sobre Agostinho: Nossas almas anseiam pelo conhecimento de Deus...

Abraços e Paz do Senhor!!!

anso rodrigues disse...
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Paulo Silvano disse...

Caros frequentadores,

Sou devedor a vcs pela bondade dispensada, comentando os meus posts. Sinto me obrigado a retribuir ao Eduardo Neves, ao Gutierres Siqueira, ao Pr. Juber Donizete, ao Anchieta Campos, ao Vitor Leonardo e ao caro ansof7.

Um abraço a todos. Deus os abençoe

Eric Frantto disse...

Huhuhuuhuhuuuuuuuuuuu!!Achei alguém dentro dessa meiótica blogácea que curte se render à Papai do céu, também. Muito bom esse post aí, rapá. Abração. "Sob Ele estamos, então quem somos para questionar sobre Ele?"

Anônimo disse...

Parabens muito bom seu Post!!!!que Deus continue lhe usando!!!
Abs!
Faculdade Teológica

Anônimo disse...

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