4 de fevereiro de 2010

"A gente tem que entender a história como processo"


Marina Silva, em entrevista para a CRISTIANISMO HOJE


A gente tem que entender a história como processo. Leonardo Boff diz que ficamos muito presos a Gênesis 1.28 – “dominai [a Terra]” – e nos esquecemos de Gênesis 2.15, que diz que Deus colocou o homem no jardim para o cultivar e guardar.

Imagem em: www.paginalegal.com/marcador/historia/

1 de fevereiro de 2010

Prostitutas me precedem no reino de Deus


Ricardo Gondim


Sem medo, vou caminhar sem carecer de bitolas. Teimoso, eu voltava a desafiar críticos. Mas agora me dou por vencido. Resignado, viro o lado esquerdo da cara para os Curadores da Reta Doutrina. Que eles fiquem com o báculo da ortodoxia. Que se refestelem com a enormidade de suas descobertas espirituais. Sinto que devo marinar a alma com temperos exóticos. Prefiro aprender com prostitutas – elas me precederão no Reino. Às vezes penso em gritar, mas já é tão tarde, meu Deus!


Jesus de Nazaré


Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus. Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele. (Mateus 21:31,32)

20 de novembro de 2009

SOBREVIVENTE



Tirei o formalismo institucional eclesiástico da minha vida, antes ele me tirasse a vida.

Pensado pelo Roger do Teologia Livre em Evangólico ou Catélico?

Imagem no seu contexto original http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Hilbert_curve.gif

21 de outubro de 2009

"Agora conheço em parte"


Brian Mclaren, em A Igreja do Outro Lado


Aquilo que as pessoas pós modernas tendem a rejeitar não é a verdade absoluta, mas o conhecimento absoluto. E à medida que buscamos defender o conhecimento absoluto, nos mostramos defensores não da fé bíblica (que repetidamente afirma que “conhecemos em parte”), mas do racionalismo moderno (que demonstra uma confiança exacerbada em seus poderes autônomos de conhecimento que é difícil de enxergar).


Ter um universo repleto de verdade absoluta, mas um mundo cheio de pessoas incapazes de compreendê-la ou comunicá-la com absoluta exatidão é quase – mas não exatamente – o mesmo que não ter nenhuma verdade absoluta.


Além disso, quando as pessoas pós-modernas ouvem o adjetivo “absoluta” depois da palavra “verdade”, elas pensam nos norte-americanos brancos e racistas para quem era uma verdade absoluta o fato de que os povos indígenas e os negros eram inferiores, talvez sub-humanos. Elas pensam nos nazistas, para quem era uma verdade absoluta a necessidade de que os judeus fossem exterminados. Elas Pensam nos industriais para quem é uma verdade absoluta que o meio ambiente existe para dar lucro, não para ser conservado. Elas pensam nos políticos de hoje, para quem é uma verdade absoluta que encontraremos paz promovendo mais guerras.


Ao não conseguir enxergar essas preocupações válidas das pessoas pós-modernas,muitos cristãos na atual zona de transição continuam batendo o tambor da verdade absoluta e, quanto mais forte batem, mais primitiva, irracional e desesperadamente modernos eles parecem ser; francamente, penso que o termo verdade absoluta perdeu a sua utilidade.


"Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá. Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino. Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido”. I Coríntios 13: 9-12, NVI


Imagem em: http://fotos.sapo.pt/5PnrPZtWvoWqgcajgzPZ



11 de outubro de 2009

Prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade

(Dostoievski)

Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade.

23 de setembro de 2009

Igreja anósmica - Comer, o único prazer que nos resta


Elienai Cabral Jr. em Salvos da Perfeição

Pergunto-me por que nossos cultos não tem os cheiros nem os paladares tão criativamente espalhados por Deus para a aventura de viver. Por que nossos templos são descoloridos e preferimos os cartazes de propaganda e as frases de admoestação aos quadros e esculturas dos artistas? Por que nossas músicas são, com freqüência, tão piegas e repletas de frases repetitivas e sem criatividade? Por que nossos sermões são mais bem considerados na medida de seus moralismos e advertências austeras? E nossas liturgias são tão previsíveis? Nossa indumentária, austera? Sugerem uma gente com medo das sensações, desconfiada de tudo o que não termine em conclusões de ordenança moral e afirmações peremptórias. Por que nossas festas são reduzidas à comilança? Sem dança e descontração, sentamo-nos ao redor de mesas para nos ocuparmos do único prazer que nos resta, COMER.

Imagem em http://coisinhasdadinda.blogspot.com

12 de setembro de 2009

INSULTO SOFISTICADO


Brian D. Mclaren

Grande parte de nossa apologética tem sido, em última análise, insulto sofisticado (ou não tão sofisticado):

- Isso é humanismo secular!
- Você é liberal!
- Isso é panteísmo!
Sim... e então?

Imagem, no seu contexto original, em: cavaleiroconde.blogspot.com

10 de setembro de 2009

Substituíram a liberdade e a simplicidade

Emilio Conde (1918-1971) in Igreja Sem Brilho

Muitos cristãos, em nossos dias, pensam que Deus é a igreja: Prestam mais reverência aos estatutos de uma igreja, do que a ordem estabelecida na Palavra de Deus. Substituíram a liberdade e a simplicidade, por ordens convencionais que mais se assemelham a grilhões do que laços de amor. Em lugar da pregação simples, sincera e prática, apresentam sermões ou discursos rendilhados de frases vistosas, mas ocas; levam para o púlpito homilias sem as características espirituais que ornavam as mensagens dos primeiros cristãos; adornam suas práticas com figuras de retórica que o intelecto sugere; entretanto, as suas palavras estão longe de serem expressão do viver daquele que as profere. São um meio, apenas, de agradar os ouvidos sem conquistar os corações.

19 de agosto de 2009

A leitura ortodoxa é na verdade falsa e exclusivamente racional


Rubem Alves, em Religião e Repressão
"Ortodoxos são aqueles que tiveram poder político para impor suas definições. Ortodoxia, portanto, contém sempre as idéias dos mais fortes. Heresia, complementarmente, indica as idéias dos mais fracos. Não tiveram poder político para impor suas definições sobre a comunidade eclesiástica. A questão da definição da verdade, portanto, em última análise, é uma questão de poder.

Os protestantes afirmam que a sua última autoridade é o texto das Sagradas Escrituras. Diante das múltiplas leituras possíveis do texto foi necessário tomar uma decisão sobre a leitura correta. Isto se fez pelo estabelecimento de um texto: a confissão. Ato de natureza política, porque as leituras heréticas só eram heréticas do ponto de vista dos que tiveram poder para impor a sua interpretação. Do ponto de vista do herege, a sua leitura é a verdadeira – e, portanto, ortodoxa – e a leitura ortodoxa é na verdade falsa e, portanto, herética".


Rudolf Otto, em O Sagrado

"Diz-se que a própria ortodoxia é que foi a mãe do racionalismo. Esta afirmação encerra uma parte de verdade. O que há de verdadeiro nesta frase não é apenas o simples fato de a ortodoxia se ter proposto como objetivo a doutrina e o ensino doutrinário – os místicos mais inflamados também fizeram isto – mas sim o fato de não ter encontrado forma, no seu ensino, de salvaguardar o elemento irracional do seu objeto. Nem sequer soube mantê-lo vivo na experiência religiosa. Menosprezando-o, ela tornou a idéia de Deus exclusivamente racional".


23 de junho de 2009

CELEBRO FEITO CRIANÇA, COMO NUNCA!

No ano de 1952 Salvador, o meu pai, falecido em 2001, converte-se ao protestantismo histórico e deixa o catolicismo para ingressar na Igreja Presbiteriana Independente (IPI). Ainda nos anos cinqüenta, prestes a iniciar estudos teológicos no Seminário Presbiteriano do Sul, deixa a IPI e migra para a Assembléia de Deus, contagiado pelo fervor dos pentecostais. Sempre digo que meu pai nunca deixou de ser presbiteriano; apenas agregou alguns elementos fundantes da teologia pentecostal e mudou de denominação para, livre de hostilizações, prosseguir a caminhada. Isso fez dele um inveterado descontente com as mazelas e meninices do meio assembleiano, no qual permaneceu por mais de 40 anos, até a morte. Já nos anos finais da vida, revelou-me, mostrando-se decepcionado com a ética assembleiana, a saudade da sua origem evangélica e certo desejo de retornar ao presbiterianismo.

Eu, entretanto, nasci e cresci sob a égide da conversão do meu pai. Não me ocorreu a metamorfose da personalidade como a que acontecera com ele. Cuidado e doutrinado para o não envolvimento com o “mundo”, existi sempre na condição de “filho de lar evangélico”. Na segunda metade dos anos setenta, sem a experimentação de uma transformação radical que caracterizasse claramente o eu que entendia ser “novo nascimento”, fiz a “profissão de fé” e fui batizado por imersão. Lembro-me ainda da data memorável na vida do pentecostal; o dia do “batismo com o Espírito Santo", evidenciado com o falar em língua estranha. No dia 11 de dezembro de 1983, um domingo, no culto da tarde, enquanto o pregador solenemente lia no capítulo 17 do evangelho de João, verso 17, “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”, eu falei a tão desejada língua estranha. Celebrei feito criança, como nunca.

Contudo, veladamente sempre padeci pelo fato de não poder referenciar a minha conversão, enquanto processo de reorganização da minha personalidade, semelhante ao que aconteceu, por exemplo, com o apóstolo Paulo, Agostinho de Hipona e o indiano Sadhu Sundar Singh. Devida a condição de “criado no evangelho”, nunca consegui dividir minha vida em termos de antes e depois da conversão, não fui envolvido pelo êxtase emocional dos que são alçados a um modelo de significação que desestrutura para reorganizar a vida. Por vezes, me senti diminuído ante os testemunhos de crentes que experimentaram pregressa vida na devassidão, mudada no ato da conversão. Por tradição, existi na “religião de segunda mão”, legado do meu pai.
Com o passar dos anos, descubro que, em meio a essa latente falta de referência, se aprofunda uma crise com relação àquele modelo de significação herdado por osmose. Ocorre uma ansiedade por algo que não pode ser satisfeito pelas articulações da espiritualidade a mim imposta que, constatei, privilegiava o instituto do dogma e da culpa, legitimadores do medo. Descubro-me imerso nos ensinamentos de Jesus sem antes ter vivido a emoção primeira de saber quem foi Jesus. Cuido que por essa causa, há muito, vinha percebendo a necessidade de estabelecer uma nova comunicação com o meu Deus.
Nos últimos tempos, experimentei uma nova leitura da Bíblia. Embora, para mim, ainda desprovida de profunda elaboração lógica e metafísica, essa nova leitura do texto sagrado alvora alguns lampejos que clareiam-me o espírito. Contemplo o Deus das Escrituras primordialmente amoroso, que propõe uma visão restauradora do mundo, que privilegia a vida e promulga o Reino aqui, e a partir do agora. Descubro que a revelação de Deus, bem como a revelação da própria humanidade, é um processo contínuo, que não pode cristalizar-se na religião estática, a dos dogmas definitivos.
Excitado pela descoberta, dou conta de que, nesse desenvolvimento espiritual, sem surto dramático, sem ruptura explosiva, os postulados da minha fé pueril estão em estado de resignificação; da degradada religião do medo, transmuto-me para o Evangelho da Graça que “ele [Deus] nos concedeu gratuitamente no Amado”.
Nessa irrupção aparentemente serena, diante do misterioso e do maravilhoso, entrei em êxtase. Não consigo explicar o que está acontecendo comigo, mas estou convicto de que me converti.
Vivo um novo Pentecostes. Como evidência, passo a falar nova língua; a língua do amor de Deus, estranha a alguns (até próximos), mas perfeitamente compreensível a outros (até mais distantes), na sua própria língua. Celebro feito criança, como nunca!

Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas”.
(2 Coríntios 5:17, NVI)

16 de maio de 2009

ONDE CHEGOU A IGREJA


Richard Halverson

No início, a igreja era um grupo de homens centrados no Cristo vivo.

Então, a igreja chegou à Grécia e tornou-se uma filosofia.

Depois, chegou à Roma e tornou-se uma instituição.

Em seguida, à Europa e tornou-se uma cultura.

E, finalmente, chegou à América e tornou-se um negócio.
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12 de abril de 2009

Aleluia! Deus não é doido!

Marcelo Quintela

... As próximas manifestações do Amor de Deus na Terra serão clandestinas à igreja que O representa! O Evangelho crescerá à margem porque a igreja provou-se excessivamente "justa": Quando chama, ameaça; quando recebe, segrega; quando converte, clona; e quando santifica, infla o indivíduo de si próprio! Daí cruzarem os mares para fazer um prosélito e o tornarem duas vezes mais merecedor do inferno; pois agora ao pecado comportamental juntou-se o cinismo e a hipocrisia religiosa!Dessa forma, percebo com pesar que aqueles que mandam descer fogo do céu sobre os homossexuais não sabem de que espírito são!
O Filho do Homem veio salvar, ainda. Veio buscar a mim e a eles, visto sermos todos iguais. Os segredos dos corações dos homens ainda não foram revelados e a História ainda não acabou; contudo a "igreja" impôs-se à incumbência de passar o restante dela julgando preventivamente, querendo administrar o caos, nominar-se trigo, classificar o joio, organizar a Queda.

Sinceramente, penso que a cristandade segue aperfeiçoando sua "herança romano-puritana" de domar genitálias alheias, como quem circuncida gentios para apresentá-los diante da Santa Grei em Jerusalém, a fim de torná-los palatáveis dentro de nossas Sinagogas Cristãs...Mas Deus não precisa da igreja. Aleluia! Deus não é doido!

30 de março de 2009

ESSA É UMA OCUPAÇÃO DOS QUE QUEREM BRINCAR DE DEUS

William P. Young, em A CABANA, p. 165, 166 e 168

(Jesus conversa com Mack Allen)

- Por mais bem intencionada que seja, você sabe que a máquina religiosa é capaz de engolir as pessoas! Disse Jesus, num tom meio cortante.
- Uma quantidade enorme das coisas que são feitas em meu nome não têm nada a ver comigo. E freqüentemente são muito contrárias aos meus propósitos.
- Você não gosta muito de religião e de instituições? Perguntou Mack, sem saber se estava fazendo uma pergunta ou uma afirmação.
- Eu não crio instituições. Nunca criei, nunca criarei.

- E a instituição do casamento?
- O casamento não é uma instituição. É um relacionamento.
Jesus fez uma pausa e retomou, com a voz firme e paciente:
- Como eu disse, não crio instituições. Essa é uma ocupação dos que querem brincar de Deus. Portanto, não, não gosto muito de religiões e também não gosto de política e nem de economia.
A expressão de Jesus ficou notavelmente sombria.
- E por que deveria gostar? É a trindade de terrores criada pelo ser humano que assola a Terra e engana aqueles de quem eu gosto. Quantos tormentos e ansiedades relacionados a uma dessas três coisas as pessoas enfrentam!

Mack hesitou. Não sabia o que dizer. Tudo parecia um pouco excessivo. Notando que os olhos de Mack estavam ficando vidrados, Jesus baixou o tom.
- Falando de modo simples, religião, política e economia são ferramentas terríveis que muitos usam para sustentar suas ilusões de segurança e controle. As pessoas têm medo da incerteza, do futuro. Essas instituições, essas estruturas e ideologias são um esforço inútil de criar algum sentimento de certeza e segurança onde nada disso existe. É tudo falso! Os sistemas não podem oferecer segurança, só eu posso.

- Mack, o sistema do mundo é o que é. As instituições, as ideologias e todos os esforços vãos e inúteis da humanidade estão em toda parte e é impossível deixar de interagir com tudo isso. Mas eu posso lhe dar liberdade para superar qualquer sistema de poder em que você se encontre, seja ele religioso, econômico ou político. Você terá uma liberdade cada vez maior de estar dentro ou fora de todos os tipos de sistemas e de se mover livremente entre eles. Juntos, você e eu podemos estar dentro do sistema e não fazer parte dele.
"Um fenômeno de público e de imprensa, o livro 'A Cabana' , do canadense William Young, conta a história de um homem que, deprimido e revoltado por causa do assassinato da filha pequena, tem a oportunidade ímpar de discutir seus ressentimentos com ninguém menos que Deus, em tríplice encarnação. Num mundo em que religião parece tornar-se irrelevante, 'A Cabana' invoca a pergunta: 'Se Deus é tão poderoso e tão cheio de amor, por que não faz nada para amenizar a dor e o sofrimento do mundo? '"
Imagem originalmente postada em: malprg.blogs.com/.../03/o_totalmente_ou.html

19 de fevereiro de 2009

Elienai Cabral Jr.



As palavras de Deus, quando separadas da Palavra de Deus, tornam-se palavras do Diabo.

22 de janeiro de 2009

Não tenho o menor interesse em seguir um deus que usa o sofrimento



"Foi uma grande fatalidade o que ocorreu. Não sabemos o motivo. Mas há de haver um propósito para tal sofrimento. Nosso coração está enlutado, sofrendo muito, pelas vidas, pelas vítimas, pela situação, pela calamidade. Esperamos que em Deus possamos ter o entendimento e o conforto desta enorme tragédia"


A declaração é parte da mensagem do Apóstolo Estevam Hernandes e da Bispa Sônia, dirigida aos membros da Igreja Renascer em Cristo, cujo templo sede em São Paulo desabou no dia 18 de janeiro, sobre mais de uma centena de fiéis, ceifando a vida de pelo menos nove pessoas.

Estou certo que, nesse momento de luto e dor, resta-nos pouco a fazer que não seja solidarizar e orar com aqueles que foram diretamente afetados por essa tragédia, principalmente com aqueles que ficaram sem os entes queridos, atingidos mortalmente no culto daquele fatídico dia.

Mas, apesar da gravidade do episódio, permitam-me apenas dizer que não tenho o menor interesse em seguir um deus que usa o sofrimento para estabelecer o seu propósito no mundo.

O Deus que encontrei é amoroso e suficientemente capaz para transformar em benção as tragédias ocasionadas por nós. Entretanto, a Escritura nos deixa claro que Ele jamais utilizaria a desgraça como instrumento para fazer valer o seu intento para a humanidade.

Carecemos aprender a assumir os nossos erros, deixando de, comodamente, lançar a responsabilidade pelas nossas mazelas no colo de Deus ou, ainda, na cacunda do diabo.

"Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. (Gálatas 6:7)

Imagem no contexto original: eraduasvezes.blogs.sapo.pt/

Vamos nos beijar lentamente, vamos amar de verdade


A morte não tem educação. Ela não bate à porta. Ela não pede licença para entrar, como se queixa o profeta Jeremias: “A morte subiu e penetrou pelas nossas janelas e invadiu as nossas fortalezas, eliminando das ruas as crianças e das praças os rapazes” (Jeremias 9.21).

Portanto, vamos nos perdoar rápido, vamos nos beijar lentamente, vamos amar de verdade, vamos rir descontroladamente, vamos valorizar tudo que há de bom e nos faz sorrir. E, mais do que tudo, vamos nos aproximar cada vez mais de Deus, com quem nos encontraremos face a face logo depois da morte!

Revista Ultimato - Edição 314